segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Recomeço

Hoje percebi que os filhotes estão com 6 meses.
6 meses que parei de escrever no blog também.
6 meses que o Yoshi morreu.
6 meses dos 12 meses que mudei pra cá.

É.. foram meses estranhos.
Talvez os meses mais estranhos dos meses estranhos.

Quanta coisa aconteceu.
Decidir voltar a escrever foi ensaiado por tantas vezes...
Faltou coragem, faltou vocabulário, ânimo, e sempre que abria essa página, a foto do Yoshi me fazia lembrar do motivo pelo qual estava em silêncio.

Esses últimos 6 meses foram confusos, agitados, estressantes, irritadiços, cansativos.
Vontade de tudo e nada ao mesmo tempo.
E aí, 2010 começa. Ainda me esqueço desse "pequeno" detalhe.
O ano passou e eu nem percebi!
Eu não percebi que completei 23 anos. Foi um dia tão bizarro, inchado, melequento.
Natal? Só percebi que ele tinha chegado na véspera!
Ano Novo? Se não fosse pela preparação da salada de frutas, eu não teria notado.

Isso não significa que é para soar depressivo. É apenas diferente.

2009 tive perdas tão abruptas, que ainda demoro a entender a atmosfera que se forma.
Algumas esperanças se frustaram, como é de se esperar, mas mesmo assim, a gente sempre acredita no melhor.
Outras novidades foram realmente surpreendentes, que chegaram tão de mansinho e assumiram lugares dos quais eu era incapaz de imaginar 365 antes, se não estivesse acontecendo, eu não acreditaria.
O sonho de uma universidade federal é tão complexo. Para mim, apenas um detalhe educacional, que eu insisto em dizer: "SÓ" faltam 4 anos, porque o 1º ano, graças ao bom Deus, findou-se!
Os filhotes vieram agitar os nossos dias, com seus narizinhos de botões nada parecidos com o do Yoshi, e tem sido tão companheiros. Me senti feliz em ter eles nos dias que fiquei de repouso e eles "cuidavam" de mim, com um jeito atrapalhado e espaçoso!

Lá vamos nós para 2010...
Tenho alguns sonhos, cada ano que passa digo que quero ser uma pessoa melhor, ainda mais quando termino o ano vendo que estou sempre pior.
Talvez algumas coisas mudem, certamente vão mudar.
Espero não me acostumar com outras, que para o mundo parecem normais.
Quero continuar com a capacidade de sonhar e acreditar que tudo pode ser melhor.
Quero recuperar velhos hábitos que me encantavam.
Quero largar alguns vícios que me perturbam.
Quero moderar minha loucura e ser menos firme quando as circunstâncias me permitem.

Quero ter esperança!
Quero lembrar que não fui chamada para ser feliz, para viver no conforto, nem na paz exterior.
Quero forças para encarar os desafios e ser capaz de concretizá-los!