terça-feira, 29 de abril de 2008

*Um pequeno desabafo*

...que provavelmente só a Saccomani da minha vida entenderá!

As histórias se repetindo...
O cansaço batendo...
A saudade doendo...
Os olhares se cruzando...
As pernas mexendo...
Os olhos fechando...

Esperando o dia da escolha certa!

Bjooo

quinta-feira, 24 de abril de 2008

*Escondido*


O que você faz quando ninguém te vê fazendo?
Ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?


Pois é...
Qual foi sua resposta a essa pergunta?
Não queira saber a minha!

Por muito tempo vivi mergulhada nessa falsidade, hora uma...hora outra.
E pensando que ninguém estava me vendo, uma pior ainda.
Mas onde abunda o pecado, superabunda a graça.
Hoje não importa para você, não importa para mim o que eu queria fazer se ninguém pudesse me ver...
Hoje me importa estar aliada ao único que pode me ver fazendo o que eu faço quando ninguém me vê fazendo.

E mesmo que eu suba ao céu, ou desça ao mundo dos mortos, lá Ele estará...
Não para ficar me julgando, apontando o dedo na minha cara quando eu escolho o caminho errado, mas fica com a lâmpada que ilumina meus pés, esperando que eu pegue ela para clarear o caminho onde eu piso. Por que fugir do único que tem as palavras de vida eterna?

Também não me interessa o que você faz quando ninguém te vê fazendo...
Muito menos o que passa na sua cabeça para você fazer se ninguém pudesse te ver.
A única coisa que me interessa é saber que onde o Espírito está existe liberdade. Basta saber que o perdão é capaz de limpar de mim toda essa sujeirada que fiz ou pensei que podia fazer quando ninguém estava me vendo!

*

Ser uma boa menina?
Tirar boas notas?
Ir na gravação do dvd do Capital Inicial?
Orar até o dia amanhecer?
Ter medo?
Pedir um milagre?
Escrever bobagens?
Rir dos outros?
Pensar no amor?
Se sentir juvenil?
Cansar?
Ler um livro?
Ter sono?
Ficar calada?
Omitir informações?
Cantar?
Estressar?

Você não precisa ver...Ele precisa saber!
Só o teu amor por mim jamais acaba, só o teu amor tudo suporta, só o teu amor abraça a gente!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

*Tempo*



"Tempo, tempo, tempo...
Desapareça!"






Olha como você era,
Que sentimento estranho é esse que sinto quando te observo você agora?
Algo confunso que desperta a idéia de que em breve os seus pêlos brancos serão os meus cabelos brancos,
Que me faz pensar que hoje você participou de mais da metade do que eu vivi...em breve eu viverei ao lado de alguém mais do que eu acredito agüentar.

Isso...se o amanhã chegar. Se a roda-viva do tempo não parar.

É triste ver suas patas falharem, como um dia os meus joelhos também vão fraquejar.
A sua dificuldade em subir na cama, como um dia eu sentirei para subir um degrau.
Os seus dentes quase inexistentes, como pode acontecer com os meus se eu não cuidar.

Mas é tão bom olhar suas fotos, antigas e atuais, e ver que existem histórias para contar, existe alegria, existe emoção, existe mais do que a vida de um cão, existe uma lição de vida.

É mais do que ler "Marley e Eu" e chorar dentro do ônibus, é ver você todos os dias fazendo parte da minha história, indo me espiar no quarto, correndo atrás da bolinha sozinho até alguém se comover à brincar com você, ficar com a pata levantada esperando o almoço e resmungando enquanto todos falam em volta da mesa e não reparam em você. É sentir as suas cutucadas com o fucinho gelado, repreender seu choro quando o interfone toca, e ficar triste junto com você quando lembramos a morte do seu filho, da sua mãe...

É bom olhar para trás e ver que, se eu não aproveitei a vida, você aproveitou. Roubou pizza e bolo quando teve vontade, dormiu no sofá quando sentiu sono, mordeu quando te irritaram, sofreu quando te deixamos sozinho, fugiu quando encontrou um amor...

Quem sabe um dia eu aprenda que emoções são feitas para serem sentidas!
Quem sabe um dia eu entenda que sentimentos não são motivos de vergonha.
Quem sabe um dia eu coma toda geladeira sem culpa, mas porque eu realmente estava com vontade de comer.
Quem sabe um dia eu passe o dia inteiro dormindo porque é o que meu corpo quer, mas eu penso que sempre tem algo importante, ou mais importante que o meu descanso.
Quem sabe um dia eu consiga dizer "não" quando eu realmente quero dizer NÃO.
Quem sabe um dia eu chore sem me preocupar com o que podem pensar de mim, sem pensar se choro por alegria, por manha, por tristeza, por raiva ou apenas para lavar os olhos.
Quem sabe um dia eu entenda muito do que você pode me ensinar. Muito do que a "irracionalidade" animal pode mostrar a "racionalidade" humana...ou seria o inverso?

E eu espero ter tempo, como você está tendo.
Para aprender, para viver, para escrever história, para marcar a história, para deixar boas lembranças, para ser lembrado por alguém, seja pela brincadeira com a bolinha azul, seja pela mordida expressando indignação...

E se eu tiver tempo, espero não ter remorso algum de não ter respeitado a sua velhice, as suas manias, as suas caduquices.

Hoje, Deus usou um cachorrinho, marronzinho, velhinho, fedido, rabugento para me ensinar que as coisas simples da vida passam, e passam depressa, num piscar de olhos o corpo forte enfraquece, a juventude acaba, as vistas escurecem, os ouvidos ensurdecem, e o que eu vou levar disso tudo?

Levar, eu sei que nada...
Deixar? Espero deixar marcas como esse pequeno Yoshi deixa todos os dias.
E peço ao Senhor, para que me ensine as coisas simples da vida, e para que minha vida não seja como a de qualquer um, mas seja a diferença nesse mundo de cão!


quinta-feira, 10 de abril de 2008

*Medo*

"De repente, um vento forte começou a soprar e a levantar ondas. Os discípulos já tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus andando em cima da água e chegando perto do barco. E ficaram com muito medo.
Mas Jesus disse:
- Não tenham medo, sou eu!
Então eles o receberam com prazer no barco e logo chegaram ao lugar para onde estavam indo".


*

Eu queria colocar um vídeo aqui, uma canção do meu amigo Xandy Rech, canção que desde a primeira vez que eu ouvi tocou o meu coração.

"Aonde eu te enviar, irás...minhas palavras, falarás"

Que seja cinco, seis, um ou dez mil quilometros, o Senhor virá ao meu encontro e me conduzirá ao porto seguro. É mais fácil esquecer que sou escolhida pelo Senhor, é mais fácil crer que a visão sobre as águas é um fenômeno da natureza do que o próprio Cristo vindo ao meu encontro.

É o medo de errar, é o medo
de remar para o lado errado, é o medo de estar sozinha, é o medo das ondas, é o medo do vento, é o medo do que meus olhos carnais vêem, é o medo do meu coração mau, com pensamentos maus, com atitudes más...

É o medo do julgamento, é o medo de não obedecer, é o medo do "não", é o medo de falar, é o medo de aceitar o desafio, é o medo de ir, é o medo de afogar, é o medo de remar contra a maré, é o medo de dizer "envia-me a mim"...

Me ensina a crer,
Me ensina a ver,
Me ensina a ir,
Me ensina a remar,

Me ensina a falar,
Me ensina a calar,
Me ensina a ter fé,
Me ensina a descansar,
Me ensina a ir como profeta às nações,
Me ensina a não desistir,
Me ensina a confiar que Contigo chegarei ao outro lado do rio,
Me ensina a tua direção,
Me ensina a ouvir,
Me ensina a ser como Cristo.



*


Te chamo pelo nome:
"Filho"
Pelo teu nome eu chamo.
Te chamo pelo nome.
Teu coração.

Te escolhi no ventro da tua mãe
Aonde te consagrei
Filho meu.
Tu és meu!

Aonde eu te enviar.
Aonde eu te enviar, irás
Minhas palavras falarás.
Eu sou contigo, eu sou o teu Deus.
Te chamo pelo nome.

Envia-me a mim,
Como profeta eu serei,
Conquistar a exelência eu vou.
Envia-me a mim,
A tua boca eu serei,
Mal me algum eu teremei,
Eu vou!

Xandy Rech
http://www.youtube.com/watch?v=yJPukkGLWTU

domingo, 6 de abril de 2008

*Palavras*



Se fui feliz ou triste...
Não sei.
Pensei que era o fim...
Não foi!






Porque é incrível, as histórias não se repetem,
Os personagens não são parecidos,
Mas é tudo tão igual.

Será que os meus erros serão os mesmos?
Os pensamentos permanecerão os mesmos?
Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar...
Ele pode cair milhões de vezes!
Espero que não seja na minha cabeça.

Que me faltem palavras para expressar o que com palavras não dá.
Que me falte tempo para pensar em coisas vãs que só gastam meu tempo.

Que os meus olhos se abram e se fechem para ver aquilo que eu necessito ver.
Que minha boca se abra e se feche para que não saiam palavras que não quero dizer.
Que meus ouvidos se abram e se fechem para ouvir o que eu preciso ouvir.
Que minhas mãos se abram e se fechem para fazer só o que tem que ser feito.
Que meus pés andem e parem para o lugar certo e não para longe da Tua vontade.
Que meus joelhos se dobrem para clamar a Ti, que dessa vez seja diferente, seja para sempre!
Que minhas lágrimas rolem pelos motivos necessários.
Que minhas fugas sejam para os Teus braços.
Que meu coração pare de pulsar se não for no ritmo escolhido por Ti.
Que meus pensamentos entrem em colapso se pensam no que é mau.
Que meus sonhos se tornem pesadelos se não são os Teus sonhos.
Que minha respiração falhe se meus suspiros são motivados erradamente.
Que meus sentimentos se corroam se são falsos, incoerentes, forçados e frutos da imaginação.
Que meu amor se dissolva, tornando-se um nada se é fingido, de palavra, sem atitude.

Que a música pare, que o céu se abra, que o corpo trema, que os segundos não passem, que o olhar fixe, que as mãos suem, que eu seja feliz ou triste, que seja o fim ou não...

Que fique marcado,
que seja diferente,
que seja pra sempre!




sexta-feira, 4 de abril de 2008

*Desculpas*

"Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou:
- Você quer ficar curado?
Ele respondeu:
- Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim".

Andei pensando na atitude desse homem. Ele estava doente há 38 anos.
Uma vida inteira...mais do que a minha própria vida!

Vejo Jesus andando ao redor daquele tanque, no meio das pessoas mais arrasadas, marginalizadas, sujas, nojentas, podres, caindo aos pedaços, destruídas por dentro e por fora que podiam existir naquela cidade.

Por que o Deus-Homem foi andar em meio aquela gente que a sociedade inteira virava as costas e queria distância?
Por que o Deus-Homem foi falar com aquela gente que cheirava mal, com ferimentos sujos, a própria imagem da derrota?


Aquelas pessoas atiradas pelo chão, esperando o mover das águas, a única esperança que restava a elas! E pela fé, a primeira pessoa que conseguia se jogar no tanque quando suas águas se agitavam, era curada.

De repente, aquele senhor, que há 38 anos sofria, sem família, sem amigos, sem ninguém para lhe jogar no tanque está frente a frente com o Deus-Homem.
Eu vejo um homem com feridas pelo corpo, afinal 38 anos paralítico, sem ninguém para ajudá-lo, a falta de movimentação deve ter gerado inúmeras feridas pelo seu corpo, escaras, misturadas a sujeira do lugar. O mal cheiro é apenas um detalhe em meio a toda essa cena de horror.


O Deus-Homem estava lá, conhecendo cada um dos sofrimentos, mágoas, dores daquele senhor, mais do que isso, o Deus-Homem estava diante daquele homem com amor e por amor, pronto para curá-lo.
Quando o Deus-Homem o questiona se ele quer ser curado, vejo um senhor que nem coragem tem para levantar os olhos, e larga diante do Deus-Homem uma justificativa, ao invés de dizer SIM.

E o pior de tudo...eu sou bem assim!

Deus expõe diante de mim as perguntas mais simples, e eu fico me justificando ao invés de crer e dizer SIM.
Deus coloca as chances diante de mim, e eu me justifico ao invés de aceitar a cura num primeiro momento.
Deus coloca as propostas na minha frente, e eu invento as desculpas ao invés de levantar e andar.


Aquele senhor sequer sabia que quem o curou foi Jesus, mas pela fé, ele foi curado. Levantou do chão, a cura foi completa...mais do que a paralisia, suas feridas foram curadas e ele andou!



Deus, meu Deus,

Não permita que eu chegue na tua presença com justificativas,
Não permita que eu ignore a sua fala quando Você pára diante das minhas feridas,
Não permita que eu não glorifique o teu nome por olhar apenas para o meu umbigo,
Não permita que minhas dores sejam maiores do que minha fé,
Não permita que os meus medos sejam maiores do que a minha esperança,
Não permita que a solidão seja uma desculpa para não me lançar quando for a hora de ser curada.

Deus, meu Deus,
Se me cabe pedir algo, em meio à tantos erros, tanta sujeira,
Peço que me ensine o teu amor,
A andar em meio a gente excluida sem sentir nojo,
Parar e conversar com alguém sozinho, não por pena mas por graça,

A saber que, mesmo sem reconhecimento, a glória sempre será tua,
A trabalhar como o Pai está trabalhando até agora,
A passar em meio a multidão de excluídos sem me preocupar com o que os outros irão pensar,

E a não agir assim para mostrar aos grandes líderes que eles também deveriam estar lá,
Mas a agir assim, porque é assim que o Deus-Homem agiu!
Ensina-me, Senhor, a ter fé, a ter graça, a ter amor,

E não a ter um rosto de piedade, esperando das pessoas uma atitude para me lançarem no tanque,
Quando é de Você que eu preciso,
Da tua mão,
Da tua cura!




terça-feira, 1 de abril de 2008

*Mis manos*






Que eu não precise ser como Tomé, e querer ver o furo nas tuas mãos para crer!
Me ensina, Deus, a confiar plenamente em Ti.
Colocar os dois pés sobre a água e fixar meus olhos em Cristo.
Me faz sentir a liberdade do perdão que só tenho em Ti e a deixar para trás aquilo que me prende ao passado, ao pecado.
Abre a minha mente para o entendimento da tua Palavra, que não é apenas mais uma verdade, é a Verdade!
Me livra dos meus preconceitos, das barreiras geradas pela minha falta de amor, dos meus conceitos falidos, e renova a minha esperança, a minha consciência.
E faz com que eu olhe para as minhas mãos, sabendo que elas não me pertencem! Limpa a sujeira que ficou escondida debaixo das unhas, e faça com que elas sejam usadas para tua obra.





Amém.