terça-feira, 21 de outubro de 2008



Senhor, Senhor...
De que me adianta chamar seu nome?
Se eu não te quero por completo,
Se eu só busco para pedir?
Que graça é essa,
Que minha boca se enche para falar,
Mas que eu não deixo me contaminar?
E que amor é esse,
Que eu não permito invadir o meu mundinho?

Cada dia que passa mais eu vejo minha identidade de miserável,
Minha vida que não vale nada,
E vale menos do que nada se eu não cumprir o seu chamado.

Quero tanto me comover com a Tua dor no Calvário,
Quero chorar sempre que imaginar o Teu sofrer,
Porque morreria se sentisse a Tua dor!
Quero meus olhos voltados para o céu,
Vendo os raios de misericórdia que me atingem.
Quero meus olhos voltados para o céu,
Admirando o arco-íris,
Lembrando da Tua promessa!
Promessa que nunca falha!
Quero me lançar nas nuvens,
Na certeza que não cairei,
Pois as Tuas mãos sempre me seguram
(até quando eu duvido).

Me ensina a Te amar,
Sem farsa, sem medo, sem culpa,
Sem sentimentalismo, sem aparições, nem declarações.
Me ensina a Te amar cada dia mais,
Com amor que meu coração jamais amou,
Com paixão que meu coração jamais alcançou,
Com loucura que o mundo jamais conheceu.
Me ensina a mostrar o quanto eu Te amo,
Mesmo que isso ainda seja pouco.

Obrigada por me amar tanto,
Amor que eu nunca mereci,
Não faço nada para merecer.
Obrigada por me transformar,
Fazer de mim alguém que naturalmente não seria.
Obrigada porque as coisas deste mundo não valem nada,
Mesmo quando eu penso que servem para alguma coisa,
E Tu, sabiamente, as arranca de mim,
Para que os meus olhos se concentrem na tua graça!
E obrigada, porque eu posso ter a certeza
De que mesmo se nada mais existisse,
Tu estaria comigo,
Me fortaleceria,
Me amaria,
Me daria de comer e beber,
E bastaria!

Te amo
Mesmo que eu nunca saiba a profundidade do amor!

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